segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

JAN 10 Carta aberta a Sua Santidade, o Papa Bento XVI

Prezado Joseph Ratzinger, vulgo Bento XVI,

Fiquei estarrecido ao ler o seu Discurso do Papa Bento XVI ao corpo diplomático acreditado junto da Santa Sé para troca de bons votos de início de ano. Vossa Santidade afirma: “Dentre estes, conta-se em primeiro lugar a família, fundada sobre o matrimónio entre um homem e uma mulher; não se trata duma simples convenção social, mas antes da célula fundamental de toda a sociedade. Por conseguinte, as políticas que atentam contra a família ameaçam a dignidade humana e o próprio futuro da humanidade”.
Se a Igreja acredita que a família é a célula fundamental de toda a sociedade e defende a necessidade de políticas que a promovam, por que o clero católico não pode constituir família? Tendo em vista que o matrimônio entre um homem e uma mulher é a célula fundamental de toda a sociedade, me parece uma contradição padres e freiras não poderem casar e ter filhos. Concorda comigo?
Em seu discurso eu percebo uma crítica indireta ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. Acredito que Vossa Santidade conheça a I Carta de João, que diz: “Deus é amor, e quem permanece no amor permanece em Deus e Deus nele” (1 Jo 4, 16). Se Deus é amor, por que o amor entre pessoas do mesmo sexo incomoda tanto a Vossa Santidade?
A Igreja Católica Apóstólica Romana tem um passado condenável: assassinato de “bruxas”, judeus, muçulmanos, africanos, indígenas, censura às ciências e às artes, escravização de negros, apoio à ditaduras… “Espada e vara de ferro, que é a melhor pregação”, como defendia o Beato José de Anchieta. Se já não bastasse o passado que a condena, Vossa Santidade ainda apresenta um discurso preconceituoso, autoritário, intolerante.
Por essas e outras, desejo que a Igreja Católica Apostólica Romana seja declarada ilegal e seus líderes presos e julgados por crimes contra a humanidade.


Respeitosamente,





Acesso em 16 de Janeiro de 2012 as 14:03:hs.

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